Saúde

Vacinação da paciente em idade Reprodutiva

A consulta ginecológica é um momento de reavaliar a necessidade de vacinação da mulher. A paciente em idade reprodutiva deve informar-se sobre a necessidade de imunização, o seu “status” sorológico atual e as conseqüências de doenças preveníveis na evolução de futura gravidez.

Na tabela abaixo, a orientação para vacinação de pacientes entre os 19 e 45 anos:

Imunização Tipo de vacina Esquema de vacinação Usar durante a gravidez? Intervalo para evitar gestação
Sarampo, rubéola e caxumba (MMR) Vírus vivo atenuado 1 dose se sorologia negativa Não 1 mês
Varicela (catapora) Vírus vivo atenuado 2 doses Não 1 mês
Influenza (gripe) Vírus inativo 1 dose entre março e maio Sim Nenhum
Tétano e difteria (dupla adulto) Toxinas combinadas 1 dose a cada10 anos Sim Nenhum
Pneumococo Polissacarídeo 1 dose se exposição Sim Nenhum
Hepatite A Vírus inativo 2 doses Sim* Nenhum
Hepatite B Proteína viral recombinante 3 doses Sim* Nenhum
Meningococo Polissacarídeo 1 dose se exposição Sim Nenhum
* = Administrar durante a gravidez apenas em pacientes sob alto risco de contrair a doença Fonte: ASRM Practice Committee. Fertil Steril 2006.

Recomendações

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  • É aconselhável que a mulher em idade reprodutiva complete os esquemas de vacinação antes de engravidar ou iniciar tratamento de infertilidade, pois algumas vacinas devem ser evitadas durante a gestação
  • A vacinação de pacientes antes ou durante a gravidez confere resistência a infecções intra-uterinas e protege passivamente o recém-nascido contra infecções neonatais
  • A vacina MMR (tríplice viral) deve ser administrada a todas as pacientes susceptíveis antes da gravidez (aquelas que não foram vacinadas previamente ou que apresentam sorologia negativa)
  • A dupla de adulto e a vacina da gripe devem ser administradas preferencialmente antes da gravidez, embora possam ser dadas durante o pré-natal
  • As vacinas contra varicela, pneumococo, hepatites A e B e meningococo devem ser administradas preferencialmente antes da gravidez
  • Não há evidência de que a administração inadvertida de nenhuma das vacinas listadas acima durante a gravidez seja motivo de interrupção da gestação.