O sistema reprodutor da mulher é constituído por vários órgãos, cada um com uma função específica. Todo o estímulo para o funcionamento dos ovários e do útero começa em uma pequena região do cérebro: a hipófise. Ela produz dois hormônios fundamentais: o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) que juntos estimulam os ovários.
Os ovários são órgãos que armazenam e liberam os óvulos. Cada ovário contém milhares de óvulos, todos armazenados em pequenos conjuntos circulares de células, chamados de folículos primordiais. Estes folículos ficam quiescentes e não sabemos ao certo os mecanismos exatos que ativam o desenvolvimento destes. No entanto, a cada mês, centenas de folículos começam a crescer. A partir de um determinado tamanho, agora sob estímulo do FSH e do LH, os folículos tornam-se cada vez maiores. No entanto, somente aquele folículo que consegue crescer mais que os demais é que termina este processo, sendo que os outros atresiam a morrem. Assim, a cada ciclo menstrual apenas um óvulo é liberado, fenômeno conhecido como ovulação.
Após a ovulação, o óvulo é captado pelas tubas uterinas, delicados canais que captam e transportam o óvulo. É na tuba que ocorre o encontro do espermatozóide com o óvulo! Quando um espermatozóide consegue penetrar no óvulo, acontece a fecundação e a formação do embrião. As tubas, através de movimentos discretos, transportam o embrião até o útero.
O útero é que vai acolher o embrião e permitir que ele cresça até o nascimento. O processo em que o embrião, antes solto, se fixa da parede do útero (o endométrio) é chamado de nidação ou implantação. Para ocorrer este processo, é necessário que o endométrio esteja preparado para a gravidez.
Assim, uma série de etapas deve ser cumprida para se conseguir a gestação: os hormônios que estimulam os ovários devem ser liberados, os ovários devem produzir um óvulo, este óvulo deve ser transportado pelas tubas e encontrar um espermatozóide e, por fim, o embrião tem que se implantar no endométrio preparado!