Orientação Nutricional

Uma alimentação saudável baseia-se na qualidade, equilíbrio e variedade de alimentos. Seguem algumas sugestões para tornar seu hábito alimentar mais equilibrado:

  • Evite períodos de jejum prolongado. Não pule refeições.
  • Mastigue bem a comida durante a refeição. Não coma por compulsão. Faça o prato com pequenas porções e tente
  • identificar se está saciado antes de repetir.
  • Fracione a dieta para evitar uma diminuição do metabolismo e para reduzir a quantidade de alimento consumido em cada refeição. Deve-se fazer de 5 a 6 refeições por dia (2 a 3 principais e pequenos lanches nos intervalos).
  • No café da manhã, procure sempre ingerir algum cereal, uma fruta e um laticínio pobre em gordura.
  • Fazer um lanche entre o café da manhã e o almoço e entre o almoço e o jantar (fruta, queijo branco, peito de peru ou cereal integral).
  • Nas refeições principais (almoço e jantar), dê preferência para vegetais e alimentos ricos em carboidratos (arroz, massas, batata) e proteínas (carne de vaca, frango ou peixe).
  • Consuma alimentos ricos em fibras, pois eles têm digestão mais lenta, ajudam no bom funcionamento intestinal e reduzem a sensação de fome.
  • Faça uso diário de algum alimento integral (pão, cereal, arroz e massas).
  • Evite doces como sobremesa.
  • Beba pelo menos 2 litros de água por dia, nos intervalos das refeições. Evite tomar líquidos durante as refeições.
  • Evite frituras. Consuma alimentos cozidos em pequena quantidade de óleo vegetal, assados, ensopados ou grelhados.
  • Consuma poucos alimentos e bebidas ricos em gorduras, açúcar ou sal.
  • Diminua a quantidade de sal no preparo dos alimentos.
  • Evite o consumo de alimentos industrializados com alto teor de sal, tais como caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos e sopas prontas.
  • Prefira alimentos naturais, preparados em casa.
  • Varie a qualidade (tipo) de alimento consumido em cada refeição.
  • Os seguintes vegetais podem ser consumidos a vontade (em saladas, crus ou refogados): acelga, agrião, aipo, alface, alfafa, alga marinha, almeirão, cebolinha, chicória, couve, couve-de-bruxelas, erva-doce, escarola, espinafre, folha de beterraba, gengibre, jiló, mostarda, nabo, pepino, rabanete, repolho, rúcula, salsão e tomate.
  • Os vegetais a seguir devem ser consumidos na quantidade de duas colheres de sopa por refeição: abóbora, abobrinha, alcachofra, aspargo, berinjela, beterraba, brócolis, broto de bambu, broto de feijão, cebola, cenoura, chuchu, cogumelo, couve-flor, ervilha-torta, palmito, pimentão, quiabo e vagem.
  • Para quem refere flatulência: evitar verduras como repolho, couve-flor, brócolis, pepino e alimentos preparados com farinha ou fermento; ervilhas, feijão e grão de bico devem ser consumidos após serem passados em peneira.
  • Em caso de obstipação (prisão de ventre): evitar excesso de proteína e alimentos industrializados; incremente a quantidade de fibras da dieta (frutas, cereais integrais) e tome leites fermentados e iogurtes.
    Se diarréia: evitar vegetais não cozidos, saladas e carnes ou frutos do mar crus ou mal cozidos.
  • Pratique exercício físico!

Alimentos que não devem faltar durante a gravidez

Nutrientes Exemplo de alimentos Importância
Ácido fólico laranja, limão, feijão, brócolis, morango Previne alterações do sistema nervoso fetal; presente na formação de proteínas, tecidos e DNA fetais
Vitamina B12 leite, ovo, frango, fígado Formação do DNA fetal
Ferro laranja, beterraba, espinafre, amêndoa Prevenção da anemia
Cálcio leite e derivados, maçã, couve Formação do esqueleto, contração muscular e coagulação do sangue
Vitamina D atum, ovo, queijo Formação dos ossos
Fósforo abacate, maçã, avelã, açaí Formação dos ossos
Vitamina A sardinha, escarola, abóbora, melão, queijo Desenvolvimento de ossos e dentes. Evitar o excesso durante a gravidez
Vitamina C maracujá, abacaxi, tomate, caju, goiaba Ajuda na absorção de ferro
Vitamina B6 ameixa, banana, maçã, ovo Formação dos glóbulos vermelhos
Vitamina K repolho, cenoura, pepino, couve-flor Coagulação o sangue
Zinco arroz, agrião, alface, aveia A falta pode levar a restrição de crescimento fetal, abortamento e pré-eclâmpsia

Vacinação da paciente em idade Reprodutiva

A consulta ginecológica é um momento de reavaliar a necessidade de vacinação da mulher. A paciente em idade reprodutiva deve informar-se sobre a necessidade de imunização, o seu “status” sorológico atual e as conseqüências de doenças preveníveis na evolução de futura gravidez.

Na tabela abaixo, a orientação para vacinação de pacientes entre os 19 e 45 anos:

Imunização Tipo de vacina Esquema de vacinação Usar durante a gravidez? Intervalo para evitar gestação
Sarampo, rubéola e caxumba (MMR) Vírus vivo atenuado 1 dose se sorologia negativa Não 1 mês
Varicela (catapora) Vírus vivo atenuado 2 doses Não 1 mês
Influenza (gripe) Vírus inativo 1 dose entre março e maio Sim Nenhum
Tétano e difteria (dupla adulto) Toxinas combinadas 1 dose a cada10 anos Sim Nenhum
Pneumococo Polissacarídeo 1 dose se exposição Sim Nenhum
Hepatite A Vírus inativo 2 doses Sim* Nenhum
Hepatite B Proteína viral recombinante 3 doses Sim* Nenhum
Meningococo Polissacarídeo 1 dose se exposição Sim Nenhum
* = Administrar durante a gravidez apenas em pacientes sob alto risco de contrair a doença Fonte: ASRM Practice Committee. Fertil Steril 2006.

Recomendações

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  • É aconselhável que a mulher em idade reprodutiva complete os esquemas de vacinação antes de engravidar ou iniciar tratamento de infertilidade, pois algumas vacinas devem ser evitadas durante a gestação
  • A vacinação de pacientes antes ou durante a gravidez confere resistência a infecções intra-uterinas e protege passivamente o recém-nascido contra infecções neonatais
  • A vacina MMR (tríplice viral) deve ser administrada a todas as pacientes susceptíveis antes da gravidez (aquelas que não foram vacinadas previamente ou que apresentam sorologia negativa)
  • A dupla de adulto e a vacina da gripe devem ser administradas preferencialmente antes da gravidez, embora possam ser dadas durante o pré-natal
  • As vacinas contra varicela, pneumococo, hepatites A e B e meningococo devem ser administradas preferencialmente antes da gravidez
  • Não há evidência de que a administração inadvertida de nenhuma das vacinas listadas acima durante a gravidez seja motivo de interrupção da gestação.

Apoio Psicológico

O aconselhamento psicológico é oferecido a todos os casais que irão se submeter à fertilização assistida. O insucesso e a frustração em tratamentos anteriores geram tensões emocionais e, geralmente, a oferta de apoio é bem aceita. A passagem por um ciclo de tratamento nem sempre é fácil e o sucesso não é garantido. Mesmo aqueles casais que conseguem a gestação ainda podem vir a sofrer um abortamento. O aconselhamento também auxilia no sentido de resolver alguns impasses durante o tratamento como a criopreservação dos embriões, a utilização de óvulos ou sêmen de doadores anônimos e a falha do tratamento.

Vacinação contra o HPV

O câncer de colo de útero é o segundo câncer mais freqüente nas mulheres. A infecção pelo Papilomavírus (HPV) tem papel fundamental no surgimento desta doença. Atualmente, existem duas vacinas disponíveis comercialmente. As vacinas são muito eficazes contra a infecção pelos quatro subtipos do HPV mais comuns em todo o mundo, mas não contra todos os tipos de vírus que causam o câncer do colo de útero. Portanto, as mulheres vacinadas não devem deixar de fazer o Papanicolau anualmente. As vacinas não representam tratamento para infecções já adquiridas antes da vacinação, assim como as pacientes vacinadas não correm o risco de infecção delo HPV através da vacina.

As mulheres devem ser vacinadas entre os 9 e os 26 anos de idade. Recomenda-se que o início da vacinação ocorra, de preferência, antes do início da atividade sexual, aos 12 anos de idade. Entretanto, a vacinação não está contraindicada em pacientes com mais de 26 anos, nas pacientes que já iniciaram atividade sexual nem naquelas que apresentam infecção atual ou prévia pelo HPV. A vacina está contraindicada em gestantes.

O esquema completo de vacinação inclui três doses (hoje, em 1 ou 2 meses, e em 6 meses). Todas as doses devem ser administradas no máximo num período de 1 ano.