Criopreservação de tecido ovariano

A criopreservação de tecido ovariano é prática experimental, onde o tecido ovariano é armazenado em pequenos fragmentos separados para posterior reutilização no próprio organismo feminino ou por maturação in vitro. Porém apresenta resultados decepcionantes.
Pode ser empregada em mulheres que não devem ser submetidas à indução da ovulação com hormônios ou que apresentam tumores ovarianos.

Criopreservação de sêmen

O congelamento de espermatozóides é técnica bem estabelecida, segura e muito confiável de preservação da fertilidade masculina. Atualmente, recomenda-se que esse procedimento seja utilizado antes do início da terapia de qualquer tipo de câncer, principalmente o testicular (quimio ou radioterapia). Os homens que farão vasectomia e desejam preservar sua fertilidade podem recorrer a essa técnica.

Criopreservação de óvulos

A criopreservação de óvulos evoluiu muito na última década, sobretudo devido à técnica de vitrificação, porque se observa alta taxa de sobrevivência da célula após o descongelamento. Trata-se de nova alternativa para a preservação da fertilidade feminina. Não há a formação de embriões, portanto não é utilizado sêmen.

A paciente é submetida à indução e monitorização da ovulação como num ciclo de fertilização in vitro. Após a aspiração dos óvulos, estas células são congeladas. É possível a coleta de óvulos imaturos e posterior maturação in vitro, com a vantagem da não utilização de hormônios. Porém, os resultados desta técnica são inferiores à prática convencional através da estimulação ovariana hormonal.

Criopreservação de embriões

Atualmente, o congelamento de embriões é comum nas clínicas de reprodução humana em todo o mundo. A criopreservação pode ser empregada quando o ciclo de fertilização in vitro produz número de embriões maior do que o recomendado para ser transferido em um único ciclo de tratamento. Este procedimento também é útil para preservar os embriões e transferi-los em ciclo posterior, quando há uma complicação inesperada que impeça a transferência no ciclo atual de tratamento.

A criopreservação de embriões também representa forma de preservação da fertilidade. O casal é submetido a ciclo de fertilização in vitro e os embriões formados são congelados em nitrogênio líquido por tempo indeterminado para transferência intra-uterina em ciclo posterior.

Diagnóstico genético pré-implantacional (PGD – pre-implantation genetics diagnosis)

Através desta técnica, uma célula do embrião é retirada e seu material genético é estudado. Para que este estudo seja realizado, faz-se necessária a presença de embriões cultivados em laboratório, ou seja, o casal deve ter passado por um tratamento de Fertilização in vitro. Deve ser realizado no terceiro dia de cultivo do embrião, ainda no laboratório e antes da transferência intra-uterina. A biopsia desta célula é feita pelo embriologista, que utiliza o micromanipulador acoplado a um sistema de vácuo.

A célula retirada é então submetida a análise genética, que busca alterações principalmente no número de cromossomos. Comumente são verificados os cromossomos X, Y, 13,18 e 21, que são responsáveis por aproximadamente 95% das alterações numéricas dos cromossomos, tais como Síndrome de Down, Síndrome de Turner, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Patau, Síndrome de Edwards, entre outras. Tal análise oferece um grau de 95% de segurança no resultado.

O diagnóstico pré-implantacional é técnica dirigida para alguns grupos de pacientes como:

  • Mulheres com idade superior a 35 anos;
  • Mulheres com repetidas falhas de implantação;
  • Mulheres com histórico de abortamento de repetição;
  • Homens com azoospermia não-obstrutiva;
  • Casais com histórico de doença genética na família (por exemplo, hemofilia);
  • Casais com cariótipo alterado.

Doação de Gametas

Ovodoação

Está indicada em casos de mulheres incapazes de produzir os seus próprios óvulos ou portadoras de doenças genéticas, que poderiam ser transmitidas à sua prole. A doação de óvulos é tratamento que envolve questões éticas, sendo importante o aconselhamento e o seguimento psicológico. A chance de sucesso na doação de óvulos está relacionada à idade da doadora dos gametas. Os óvulos de mulheres com menos de 35 anos apresentam maiores taxas de fertilização e, conseqüentemente, de gravidez. As doadoras de óvulos fazem o mesmo tratamento medicamentoso que as mulheres que são submetidas à FIV. Durante o seu programa de estimulação ovariana e coleta dos óvulos, a receptora deve ser preparada para a transferência embrionária e isto também é feito através da utilização de hormônios. Utilizam-se dois hormônios femininos (estrogênio e progesterona) para que o revestimento interno do útero se prepare para receber o embrião.

Banco de Sêmen

Em algumas situações, há a necessidade de se utilizar sêmen de doador anônimo. Nestas circunstâncias, a clínica utiliza os serviços de bancos de sêmen de instituições confiáveis que oferecem uma lista de doadores anônimos para a melhor escolha possível.